domingo, 27 de maio de 2007

Problemas Populares

Olho calmamente para a comida, um delicioso suflê de chuchu. Saboreio enquanto converso sobre o dia-a-dia com a família, casos são contados, estresses falados e notas divulgadas. Tudo na mais perfeita calma de um jantar familiar. Depois de algum tempo, dirijo meu olhar a comida, ao suflê de chuchu mais precisamente, nele vejo algo fora do padrões, algo que me assusta, algo que me dá medo, algo nojento: um fio de cabelo! Sim, a ironia foi completa em meus pensamentos, reclamei, xinguei, e fiquei imaginando quantos mais eu havia engolido sem perceber.
Uma angústia e uma raiva foram subindo pela minha mente, que vai com a vida e a reputação da pessoa do cabelo. Outro dia me aconteceu algo parecido, sim, é uma das coisas que mais me irritam, juntamente com cutucões e espirros excessivos e sem parar. Esse último é o que tem mais me incomodado nos últimos dias, que uma gripe invadiu a cidade e pessoas espirram umas 15 vezes seguidas.
Infelizmente filosofar sobre espirros exagerados e excessivos não me ajudará a melhorar a minha visão em relação ao fio de cabelo no suflê de chuchu, apenas me ajudará a me deixar mais irritada. Hoje estava conversando exatamente sobre isso, coisas irritantes. Conheço uma mulher que se irrita ao ouvir pássaros cantando! Realmente, não consegui entender, para mim, uma das melhores coisas da vida, é você acordar em uma casa de campo no meio das férias, ver aquele sol brilhando na janela, e os pássaros cantando. Mas com toda certeza deve ser menos irritante que um fio de cabelo no seu suflê de chuchu.
Continuando a conversa, uma professora que conheci, tinha realmente algum problema grave com cutucões, já havia batido e derrubado “sem querer” uma garrafa de água em quem a cutucou. Nessas horas eu realmente acho que os meus problemas com espirros excessivos não são nada. Sabe aqueles sinais de transito de garagem!? Quando o carro vai sair ele começa a apitar, e continua por mais um minuto ou mais!? Exatamente, isso também dá uma agonia terrível. Ou talvez até mesmo um prédio em construção com as suas batidas frequentes e ritmadas. Também tenho algum problema com isso, pois quando era pequena eu tentava descobrir em qual música isso iria resultar, porém, agora não penso em música alguma, não consigo fazer nada ao ouvir aqueles barulhos, e sofro algum dano, pois meus movimentos começam a ficar ritmados pelo martelo alheio.
Agonia a voz de alguma cantora, agonia a silêncio, agonia a barulho. Já escutei e presenciei como as pessoas reagem a coisas irritantes, e por sinal, existe até um programa na TV sobre coisas irritantes. É, mas nada disso me ajudará a acabar com a alma ou ao menos causar agonia a quem deixou cair um cabelo no meu suflê de chuchu.


Duuda Calheiros.

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